segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Umidade relativa doar

PLENILÚNIO

As aparências não enganam, as experiências não ensinam, as pendências não pendem, as tendências contaminam, as carências encarecem, as estradas determinam o rumo a não seguir. Não sei se sigo, se paro, se caro não compro, se barato não vendo, no claro não vejo, no escuro só vendo, sorvendo as sevícias, tecendo as premissas, premendo o saber, sabendo o possível pra subsistir vai-se levando, louvando levezas, lesando terceiros, legando pobreza, ligando a esperteza, logando a tristeza, alugando a cabeça dos incautos, alegando cansaço, alijando embaraços, embaraçando o baraço, estendendo os braços para o céu-da-boca, abocanhando as sobras do mel, melando o jogo com a carta marcada, marcando o logo com uma vela apagada, apagando o fogo com uma gota d’água, afogando as mágoas com com uma brasa viva, revivendo a vida com indiferença, reavendo a lida por necessidade, lambendo as feridas, ferindo a fera indefesa, inferindo a frase feita, indeferindo o pedido, pedindo pra não ficar, fincando o pé pra não sair, saindo pela emergência, emergindo da fumaça, fumegando pelas ventas, soltando ventosidades, ventando verbosidades, inventando a roda, recriando a moda, replantando a muda, mudando o roteiro original, originando a dúvida, dividindo o dote, adotando o filho, admitindo a falha, queimando a folha, folheando o livro, livrando a larva, lavrando o solo, lavando a alma, louvando o Deus que me resta.

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