quinta-feira, 13 de setembro de 2007

A história se repete?

À MARGEM

A cena política brasileira me deixa perplexo. O espírito de corpo da classe política, o espírito de porco dos políticos, a política sem classe, as lições não aprendidas na classe, os temores eximidos, o furo n’água, os clamores olvidados, os ouvidos moucos, o soco no ar, os ares conspurcados, os olhares apáticos, o silêncio tático, a sessão secreta, o voto secreto, o veto vetado, o vulto sombrio de uma crise sem sombra de dúvida. Meu próximo voto vai ser aberto, arreganhado, para que todos saibam o que eu deveria saber, para que ninguém duvide do meu saber e me convide para acertar sobre os rumos da prosa, os ramos da planta, os remos da canoa, a rima dos versos, o verso da página, o reverso da medalha, o conserto da falha, a meiguice da feia, o afeto da filha, o viço da folha, o vício entranhado, o estranho no ninho, o ninho de cobras, o aprisco de cabras, o cabra da peste, a peste inoculada, a virgem maculada, a vertigem cabal, o cabide de emprego, o cabedal do currículo, o círculo vicioso, o cálculo renal, as renas do Papai Noel, as cenas de horror, as penas do condor, o penar do cantador, o empinar das patas, o acreditar em petas, o cerrar das portas, o colorir das tintas, pintando os canecos, armando o barraco, embarrancando a ladeira, ladeando o líder, liderando jogadas, jogando na sorte, tirando de letra, escrevendo e não lendo, revendo o futuro. E o presente? Não terá sido melhor o passado com seus antigos ativos e desativados? Da próxima vez também vou me abster.

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