domingo, 29 de julho de 2007

Modo de falar

TENHO DITO

Não tenha a menor dúvida. Mantenha a maior distância. Recorra a todas as instâncias e se tiver que perder a esperança, não o faça por vingança. Se preciso rime, reme, rume, fique no rame-rame, mas não me tenha entre seus logros e malogros. Aja como o conselheiro Acácio, seja óbvio. Ironize, hifenize, infernize, envernize, revise seu texto, teste seu q.i., manifeste seu repúdio, repudie seu bom humor, tripudie sobre valores, desafie todos poderes, desligue todos sensores, castigue estes senhores que, presos em seus pendores, não cumprem seus deveres. Devo não nego, se puder não pago, se precisar não peço, se perder não renego, se escapar não pego e, se de repente, achar que posso obrar um milagre, recorro ao padre Quevedo. O padre humilha em sua homilia. O cacto não fere com seus espinhos. A seta acerta os caminhos. O que encurta os caminhos são os atalhos, já dizia o conselheiro Acácio, em sua incorrigível clarividência. Não confunda conselheiro Acácio com Papai Noel. Cada qual no seu papel. Este com suas lhamas, aquele com seu corcel. Aquele com seu boné, este com seu chapéu. Se você ainda não fez, corra, vá fazer. Eu acabei de refazer o refis. É assim mesmo que se diz?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Consciência rara

DE PASSO EM PAÇO

Eu ando trocando passo por paço. Poderia até me defender justificando que com os anos que passam, meus passos curtos de sexagenário e até mesmo o longo tempo que não passo pelo Paço, impedem outras passadas, mas não posso. Peço apenas para não parar de pensar. Herrar é umano. Só não erra quem já era. Priscas eras. Há quem não erre a porta do erário, quem não chegue no horário, quem não passe do sumário, quem não passe por otário, quem não finde no ossário. Esta vida é um rosário de contas mal cantadas, de estradas bifurcadas, bifurcações convergentes, gente de todas as raças, roças de todas as plantas, planta de todas as casas, casas derrubadas pelo furor dos furacões. O homem troca, a natureza dá o troco. Cada árvore queimada é um quilômetro a mais no pé do vento. Cada ave abatida é um metro de areia no leito do rio. O rio Taquari está morrendo, os guavirais já não florescem mais, a paz do campo já não resiste ao ronco do trator. Pelo amor de Deus me deixa dormir que esta noite não consegui pregar o olho com uma maldita muriçoca rosnando no meu sono.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Faça o que eu mando

NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO

Atire a primeira pedra aquele que nunca chorou o leite derramado, aquele que nunca pegou bicho de pé, que nunca pegou dengue, que já dançou o merengue, que um dia doou sangue, pescou no mangue, que não tenha dado sopa, engolido sapo, levado sopapo, papado a vizinha, avisado ao vizinho, mimado a vozinha, virado o capeta na hora da missa. O preço é módico, o médico é moderado, o corpo é modelado, a modelo é mameluca, o desce redondo, desce da cerveja Sol é o melhor anúncio do inverno, no mercado pilsen. Beba com moderação, saiba sem limitação, caiba dentro do caixão, cubra o sol com a mão, tome pinga com limão, pingue uma gota de colírio, coma um prato de feijão e não deixe de ser hilário, mas conte uma piada nova. Nada é menos risível que rir de anedota antiga, assanhar lombriga, apartar briga, suportar fadiga, cuspir no gramado. Levante a mão quem nunca cagou atrás da moita, chutou cachorro magro, pagou o mico, imitou o rico, encarou o preço, apressou o passo com medo de assombração. O Ministério da Saúde adverte: está faltando dipirona no sistema único de saúde. Saudações.

terça-feira, 24 de julho de 2007

A vida é um verbo

COMO DIZ O OUTRO

A calúnia é como carvão, quando não queima, suja a mão. Mão de mestre não suja ferramenta. Ferramenta pesa mas alimenta. O adágio é o pedágio que se paga para atravessar da sabedoria à experiência. A experiência é a mãe de todas as ciências. O poeta declama o verso, o piloto aciona o reverso, o beato reza o terço, o verdade tem seu preço, o endereço do mendigo é o espaço sideral. Além do horizonte há um monte, do monte nasce a fonte, da fonte corre o rego d’água que mais adiante, vira o pacífico atlântico, com suas ondas, suas praias, seus banhistas, suas sungas e seus sacos plásticos, seus navios e seus clássicos vazamentos. Eu tenho um amigo dado a adágios. O Juvenal é mesmo um cidadão proverbial. Champanha de pobre é sonrisal. Dê o mote que o Juvenal monta o dito popular. De janeiro a janeiro o dinheiro é do banqueiro, o chiqueiro é do porco, o pouco com Deus é tudo, tudo pode acontecer, nada é possível, a surpresa é previsível, o previsto não é caro, o caro é pra quem pode, quem não tem imunidade não enrola cobra no pescoço. Quem não tem goela não engole caroço. E assim vai a noite inteira, com sua gaita regateira, sua língua repentista, sua rima entrelaçada, sua letra mal passada, sua risada engraçada, sua saída sem graça. Viver é substantivo. A morte é objeto direto.

domingo, 22 de julho de 2007

Virtudes obscenas

O MILAGRE DO MEL

O padre Quevedo já conseguiu à distância decifrar o mistério da Nossa Senhora que jorra mel em Campo Grande. Para ele e sua parapsicologia tudo não passa de um simples aporte. O aporte é o ato da casa pegar fogo, a imagem chorar lágrima ou sangue e até mel. Eu não me convenci com a explicação do caçador de mitos religiosos, mas cheguei a uma conclusão: se a parapsicologia existisse há dois mil anos, certamente, teria havido uma explicação científica para a ressurreição de Cristo. Não quero com isso justificar minha fé no fenômeno, e sim mudar de assunto, que, religião não se discute, política se incute, a mentira repercute, e por menos que se escute, dá pra ouvir os gemidos das almas penadas perambulando pelos corredores das assembléias e estertores das governadorias, em busca, quem sabe, de um encontro fortuito com alguma mídia técnica ou mesmo um olhar de indiferença e até um gesto obsceno, daqueles de puxar os braços para trás e mover os quadris para frente, bater com a mão vazia sobre a fechada e o mais comum, que é a exibição ostensiva do fura-bolo. O palavrão, apesar de muito mais agressivo, é menos significativo. O gesto é abrangente. É como um número. Todos entendem, até o analfabeto. O palavrão é íntimo, o gesto intimidativo. Aquele é individual, este coletivo. Tem dia que a gente amanhece querendo mandar tudo à puta que o pariu, mas se contém, porque ninguém tem a ver com nossas frustrações. Mas, pra não perder a moral da história, aqui pra você, oh!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Mea culpa

CARAPUÇA & CARAPAÇA

Afinal temos a quem atribuir nossas culpas. Lula é o culpado. Sua primeira culpa foi ter nascido no Nordeste, tido feito pau de arara, visto cedo liderando, tido eleito presidente, prescindindo tanta gente muito menos lugar comum. O deputado corrupto, a responsabilidade é indiscutivelmente do presidente, por não ter sido o mínimo diligente na escolha de seus aderentes. A crise na agricultura, ta na cara que o presidente está por trás. Por trás, não, à frente. Afinal, ele como nordestino que é, deveria conhecer de cor e salteado todas as oscilações climáticas havidas no período. Não adianta despejar milhões no milho, nos bois e nos feijões se não consegue adotar métodos de controle cambial que favoreçam as exportações. O Mantega não poderia ignorar a possibilidade de trabalhar com duas taxas, uma para quem vai vender e outra para quem vai comprar lá fora, de modo a tornar nossos produtos competitivos no mercado externo. E o apagão aéreo? Não tenha dúvida da responsabilidade civil, militar e eclesiástica do presidente da república. Tudo começou quando ele trocou o sucatão por um avião que voa. Ninguém está levando este fator em consideração, mas esta insolência de sua excelência, detém uma enorme e impetuosa carga negativa de ponto de vista político e filosófico, pois o ato emblemático da substituição das aeronaves, aparentemente rotineiro, terminou por refletir o caos físico dos aeroportos e o abatimento cívico dos controladores de vôo. Se você tem alguma culpa ou saiba quem é culpado, não fique aí parado. Aproveite o próximo refis e parcele tudo em até 240 meses. A culpa compensa.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Homem de pouca fé

QUEM NÃO ACREDITA EM MILAGRES?

RÉQUIEM PARA A VIDA

O homem está permanentemente em busca de sua identidade, de seu conhecimento, da origem da vida. Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, a mandioca ou a farinha, o afilhado ou a madrinha, o mar ou a marinha, Deus ou o diabo? Dúvida cruel, gosto de fel, mel de abelha, remédio que jorra do queixo da santa. É o milagre pantaneiro, no ferrão de uma abelha africana. Mel puro, milagre seguro. Bom agouro, bem agora que só mesmo um prodígio sobre-humano pode evitar que o mundo seja consumido pelo frio fogo do pecado, que os aviões lotados continuem sendo destruídos pela fatalidade de pistas escorregadias, que um dia as armas nucleares se tornem todas obsoletas como espoletas molhadas e que a paz não seja mais lavada com sangue de crianças. Eu acredito em milagres. O doce milagre da melíflua mãe do homem. O prodígio do botão de rosa se abrindo, a maravilha de uma criança nascendo e de um casal de pardais se amando. A vida é um milagre e eu dou graças a Deus estar vivo para testemunhar esta graça da florada dos ipês. Amém.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Nada como um dia atrás do outro

DE QUE VALEM AS VAIAS?

As vaias ao presidente na abertura do Pan, teriam sido uma simples intolerância? Eu acho isso, mas também não precisa exagerar no juízo. É preciso tomar juízo, reduzir o prejuízo, fazer o que for preciso para não baratinar. O presidente também é gente, oxente! É evidente que com tanta voz discrepante, o ato variasse para uma manifestação repelente e sua excelência vivesse o seu dia de cristão no coliseu. O bom é que já se pode vaiar, dizer não a todo pulmão, por a mão na inconsciência, avocar a irreverência, desopilar o fígado, desentupir o ralo, ralar a bunda na ponta da faca, cagar e andar pro protocolo, sentar no colo, colar na prova, provar as privações, provocar as reações, reagir às provocações e até desafinar. Isto porque a ditadura é fria e cruel, a democracia é livre e alegre. Mais alegre que o ouro Diogo Silva só o couro na Argentina. Mais triste que os apupos à sua majestade foram as lágrimas da Jade.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Invernos primaveris

A FLOR AMARELA DO PÉ DE IPÊ

Em junho e julho flora o ipê roxo. Em julho e agosto o amarelo. Eu prefiro este. Gosto se discute. Que seria do roxo não fosse o amarelo, que seria da farinha não fosse o farelo, da bigorna sem o martelo, do cutelo sem o tronco, do bronco sem o culto, do oculto sem o claro, da claro sem a vivo, alô, não me ligue a cobrar, não me cobre que eu não sei quando pagar. A coisa aqui tá preta. Meu celular está grampeado, meu mandato foi cassado, meu saldo bloqueado, meu salto rebaixado, meus altos e baixos nivelados por baixo, meu cão basset devorado e até meus sonhos doirados tiveram seu sigilo quebrado. Sou a larva da mosca que pousou na sorte do cavalo do mocinho. Fendido por N cunhas, alcunhado de bandido, banido do convívio, convivendo com o inimigo, ofendido por todos os adjetivos possíveis e imagináveis. Acordei e por alguns instantes relaxei achando que tudo aquilo não havia passado de um grande pesadelo. Está apenas começando a florada do ipê amarelo. Como é bonita a flor amarela do pé de ipê.

domingo, 15 de julho de 2007

Na paz da praça

QUEM DISSE QUE AS ROSAS NÃO FALAM?


A praça continua a mesma. A mesma fonte luminosa, a mesma moita de babosa, a mesma estátua famosa, a mesma rosa na roseira perseguida pelas saúvas de sempre, ativas, atávicas, ataviadas com seu naco de folha enfumada, pisada pela sandália sagrada no pé do salgado monsenhor, meu censor de bom senso, sem consenso. A propósito, esta semana a moça do Censo por fim passou e me recenseou. Agora eu sou um número que conta no total. Deixei de ser aquele desprezável conjunto vazio na estatística, passei a fazer parte do cadastro nacional. Isto é ótimo para a receita federal, o serasa e o SPC. Doravante qualquer um pode jurar que eu existo, acessar o meu registo, resistir aos meus encantos, encantar meus desalentos, desabrir meu mau humor, desabrigar meus caprichos, caprichar na indiferença, provocar a resistência, renovar velhas crenças, reestocar a despensa, dispensar a reverência e despencar no precipício. A praça continua no mesmo lugar. O rostos na praça continuam os mesmos, a esmo, na dúvida, na dívida, no cheque pré, no celular pós, na loção pós barba, na braba faina do rigor da fauna de homens desalmados, nesta flora insana de concreto armado. A praça é a ponte entre o cartão de crédito e a inadimplência.

sábado, 14 de julho de 2007

De minha coluna no jornal


MEU ALTO ASTRAL
Esta semana eu estive com a Nelly Bacha. A Nelly está em alta. O dólar
está em baixa. O som está na caixa. A caixa preta não se encaixa na faixa
verde dos bons costumes, os curtumes já não curtem, as cardumes já não
sobem, os queixumes já não cabem, os legumes não matam mais a fome. O nome
de minha identidade, em verdade, é apenas um número, que não é,
necessariamente, o número um. A Nelly Bacha fala alto. O auto-falante fala
baixo. Não precisa gritar que eu não sou surdo. Não adianta reclamar que
eu não escuto. Bendito é o fruto, malvisto é o vulto, bem-dito é o culto,
curto e grosso é o discurso, fraco e pouco é o recurso, o porco é limpo, o
burro não é besta, a sexta é fria, a cesta está vazia, o vazio enche, o
pavio apaga e a disenteria aplaca qualquer valentia. Quem não tem mensalão
vai de mesadão. Os deputados têm a mesada, a gauchada tem porco no rolete,
um filete de água limpa lava o estilete. O leite derramado, o derrame
letal, o ano letivo, o venerável burgo-mestre, o vulnerável
cabra-da-peste, tudo cabe no cabide. Eu não caibo no cabido. O cabedal da
Nelly Bacha é cabal. Eu não poderia ter estado com a Nelly Bacha. A Nelly
Bacha não existe.
PIADA INFAME
Dois desconhecidos conversavam. Um da cidade e outro da roça. O da roça:
qual é mesmo sua graça? O da cidade: o meu nome é do tamanho de minha
fortuna e de minha capacidade. O da roça: mas como é mesmo o vosso nome? O
da cidade: meu nome é Omar e o seu? O da roça: muito maior que o seu, dez
vez mais que o seu... O da cidade: eu duvido, mas diga lá. O da roça: o
seu é Omar e o meu é Osmar.
BASSET
O cão basset que enfrentou o pitbul e salvou a dona, uma criança de 9
anos, é o meu tipo inesquecível desta semana. A propósito do consenso de
que o cão parece com o dono, no caso do pitbul é o dono que parece com o
cachorro. Se você provocar ele até rosna.
ARTUZI
Campeão das pesquisas o deputado Ari Artuzi (PMDB) poderá ser o candidato
a prefeito de Dourados. A pedra no sapato poderá ser o deputado federal
Geraldo Resende, que deixou o PPS para disputar a vaga de Tetila, com o
prometido apoio do governador André Puccinelli, que já mandou dizer que não
acredita em pesquisa.
HEROIS
A cadeia revela dois heróis em Campo Grande. Ao deixar a cana, Nilton
César levanta a bandeira da legalização do jogo e ao entrar a médica Neide
Mota Machado protege-se com a bandeira da legalização do aborto. Ambos não
estão sós.

(Revista Boca do Povo, desta semana)

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Crônica da idade avançada

EU E MEU CÃOZINHO ANGORÁ

Tem dias que a gente anoitece com o peito sangrando, amanhece com pinto pingando, embravece com o galo cantando, se embevece com os gatos trepando, endoidece por falta de uma dor, uma simples dor de dentes que seja, um copo de cerveja, um cacho de cereja, um cocho de cevada ou mesmo um argueiro no olho da cara. A vida é um barato. A morte de uma barata, a sorte numa carta, uma única cartada, uma túnica surrada, uma surra bem dada, um dado e seus números, inúmeros, impúberes, impolutos, resolutos, absolutamente putos. O homem é um animal irracional. O instinto é a inteligência do animal. O homem pensa porque precisa. O animal é feliz porque pensa sem precisar. O cão guia o cego, salva o menino. O asno silencia às asneiras de seu dono. A anta antevê o caçador. O gatuno não é necessariamente um gato. O sereno da madrugada molha a estátua do herói na praça, os pombos cagam na sua cabeça, a rotina é rota, o guloso arrota, a esquina é reta, a retina é torta, a resina entorta, Inês é morta. Vira e mexe a gente passa pela mesma porta, prova da mesma torta, entorta a mesma barra, esbarra no mesmo barro, berra no mesmo ponto, aponta na direção errada, passa por baixo da escada, escala as ladeiras horizontais, desce a planície, planeja o pecado, é picado, pescado, pesquisado e lugar comum não consegue superar o macaco e muito menos o basset que peitou o pitbul. Eu não sou digno de latir para o meu pequinês.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Fala Sergio Cruz

A REFORMA DISPENSÁVEL

A Câmara dos Deputados está tentando votar a reforma eleitoral. Empacou no casuísmo das cúpulas partidárias, que tentam impor medidas imediatistas de acomodação pessoal. A lista fechada foi a primeira excrescência descartada pela maioria. A fidelidade partidária está sendo maquiada para encaixar a infidelidade, na tolerância de um ano para o detentor de mandato eletivo migrar de legenda. O voto distrital já está sendo mesclado com o distrital misto e o PMDB chegou ao desplante de propor voto majoritário para deputados e vereadores. O fato é que o Brasil não precisa de reforma eleitoral. Nosso sistema de eleição proporcional é modelar, porque democratiza a participação popular. Nossas leis de repressão à influência do poder econômico nas eleições são suficientes para punir os infratores. A legislação precisa e pode ser aperfeiçoada com a queda do voto obrigatório e a supressão do horário eleitoral gratuito. Quanto à compra de votos esta só deixará de haver quando não mais houver quem o venda. O resto é sessão extraordinária para render jeton.

CABEÇA
A cabeça do secretário de Segurança Wantuir Jacini está prestes a ser entregue numa bandeja à base política do governo na Assembléia Legislativa. A pressão em cima do jogo-do-bicho seria a razão de sua eventual queda. Há quem garanta que a senha da degola poderá ser uma esperada manifestação de apoio do governador André Puccinelli.

NOVIÇO REBELDE
O governador André Puccinelli referiu-se ao deputado Dagoberto Nogueira como noviço rebelde, no discurso durante recente econtro do PDT em Campo Grande. André referia-se à insistência do parlamentar em ser candidato a prefeito, contrariando a disposição da cúpula trabalhista que pretende mesmo é apoiar a reeleição de Nelsinho Trad.

AGÊNCIAS
Donos de agências garantem que não lavaram dinheiro da comunicação do governo Zeca do PT. A maioria desconhece os ralos do oscarduto e abrem suas contas para o Ministério Público conferir. Alguns recebem as denúncias com uma certa estupefação, pois reclamam que deixaram de receber uma pequena fortuna de serviços prestados. A conferir.

NA ORELHA
Maria Quitéria da direção nacional do PDT puxou em público a orelha do vereador Paulo Pedra por seu discurso no reingresso no partido. Pedra jurou submissão aos líderes partidários. Quitéria disse alto e bom som que trabalhista que se preza conquista seus espaços sem submeter-se.