sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Conveniências

PARÁFRASE PARA FRASES

A corda arrebenta sempre no lado mais fraco, saco vazio não pára de pé, a fé move montanha, aranha não cai na própria teia, ceia de pobre também alimenta, tormenta prenuncia bonança, a esperança é a última que morre, quem corre chega na frente, inocente não paga pena, trena não mede saudade, virilidade não fecunda o amor, o calor do afeto não derrete a paixão, a oração arrefece o clamor, a flor com espinho também aromatiza, a camisa rota também protege, exegese é o que melhor traduz, cruz cada um carrega a sua, luas cada uma com seu menestrel, papel cada personagem com o seu, perdeu porque faltou-lhe talento, o fermento intumesce a massa, a farsa também faz rir, competir é o que importa, porta aberta libera a entrada, cada macaco em seu galho, falho o ato é revogado, prorrogado não termina, predomina a força bruta, araruta tem seu dia de mingau, pau que nasce torto morre torto, torto endireita mancando, comando é de quem lidera, pondera quem tem juízo, conciso é fácil entender, conceber é luz divina, sina é identidade, validade tem seu prazo, ocaso é ressurreição, corrimão impede a queda, pedra e cal constroem o muro, seguro morreu de velho, espelho reflete a dor, a cor não muda a verdade, a necessidade faz a lei, só é rei quem tem coroa, povoa quem procria, alivia o analgético, o apologético paparica, purifica a talha, a palha pega fogo, no jogo se perde ou se ganha, apanha quem não ataca, a placa indica a saída, a ferida cicatriza, canoniza-se o beato, o barato sai caro, o anteparo cedeu e o fariseu voltou a ocupar o seu lugar de vilão do evangelho. Deu pra entender?

PÉ QUENTE

O governador André Puccinelli conseguiu controlar o serviço da dívida e trabalhar com superavit de 30 milhões por mês. O que parecia impossível, vai continuar permitindo a folha em dia, pagamento regular de fornecedores e ao luxo de investimentos com recursos próprios. Está valendo o arrocho dos dois primeiros anos.

PÉ FRIO

O ex-governador Zeca do PT deverá ser excluido do programa de tv do partido em Campo Grande. Dados da coordenação da campanha de Teruel indicam que suas aparições estão aumentando o índice de rejeição de sua candidatura. Quem te viu...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Na frente

O deputado Paulo Duarte é o porta-bandeira do pequeno desfile da elite contrária à mudança de fuso horário em Mato Grosso do Sul. Politicamente, onde estava ele em 2000quando o seu governador Zeca do PT reivientou a idéia? Na prática, por acaso o deputado sabe que o Rio Grande do Sul está na mesma posição de MS (ver meridiano 55)? Pois é, em terras gauchas o sol se levanta e se põe exatamente na mesma hora de
Mato Grosso do Sul, mas o seu horário é o de Brasília, desde 1913. Será que os gaúchos gostariam de mudar de fuso horário?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Saliências

GÊNIOS GEMINADOS

Tem dias que a gente não sabe por onde começar, terminar é um problema, esquemas não funcionam, fracionam os argumentos, seguimentos se atropelam, assovelam-se os temas, os fonemas desafinam, desanimam inspirações, aspirações debilitam-se, limita-se o improviso, o conciso não propaga, a saga não desenvolve, dissolve-se o pensamento, o advento não aparece, se esquece o decorado, depurado se mistura, a candura se astucia, as manias se repetem, os confetes não convencem, vence a apostasia, a portaria não regulamenta, o penta não chega a cinco, o afinco não persiste, o chiste não faz rir, o pedir sequer convence, os pertences não têm dono, o sono é só pesadelo, o selo não estampilha, a pilha descarregou, o calor não aqueceu, perdeu o porfiante, o confidente entregou, o pastor vendeu a ovelha, a orelha esquentou, marejou na despedida, a saída é só um beco, o seco esturricou, melou o melhor negócio, o ócio não remunerou, calou fundo o silêncio, o consenso retrogradou, se fechou mais uma porta, a torta não saciou a fome, o homem tem ficha suja, a lambuja não pintou, o cantador desafina, desatina o comedido, ofendido não perdoa, garoa não molha o solo, consolo não satisfaz, a paz não traz a trégua, a régua não faz o traço, o braço não sustenta o peso, o teso amolece, cresce o carrapicho, o bicho escapa, o mapa não indica, a dica era furada, a parada é federal, o mal não veio para o bem, ninguém quis testemunhar, compartilhar nem se fala, bala perdida acerta, aperta o nó na garganta, a santa não faz milagre, o bagre levou a isca, a bisca lesou o troucha, a trouxa se desfez, o freguês negou a conta, a ponta feriu o feto, o objeto voador foi identificado, o recado não foi entendido, o marido foi o último a saber e o poeta não pediu desculpa pela completa falta de rima.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sorvências

GÊNEROS DEGENERADOS

O pai atirou a filha do quinto andar, o luar verteu línguas de fogo, o jogo terminou em tragédia, a comédia não teve a menor graça, a praça virou um campo de guerra, a terra estéril matou a semente, a serpente inoculou o veneno, o sereno ácido secou a roseira, a peneira não segurou o grão, o cão mordeu o dono, o sono tornou-se pesadelo, o camelo morreu de sede, a rede perdeu o peixe, o feixe ficou sem varas, os caras pintaram a cara, uma coivara incendiou a floresta, a festa acabou em sangue, o mangue drenado é hoje a cidade, a maldade prevaleceu, choveu gafanhoto na roça de trigo, o castigo veio a cavalo, de estalo o erro letal, no ancestral o péssimo exemplo, no templo o sacrilégio, no colégio nenhuma lição, na eleição o pior resultado, o deputado vendeu o voto, o devoto negou a promessa, a remessa chegou atrasada, a estrada perdeu-se no atalho, o espantalho perdeu a temeridade, a felicidade ficou sem dentes, o valente valeu-se do fraco, o saco vazio parou de pé, o café amargo esfriou a chaleira, a fieira não alcançou a espessura, a gordura afogou a vaidade, a beldade embranqueceu os cabelos, o novelo emaranhou a linha, a galinha cantou sem botar, o maná apodreceu, emudeceu a voz que não se calaria, a calmaria acordou o vulcão, o vagão descarrilou e arrancou o trilho, o brilho da lua testemunhou o delito, o mito banalizou o medo, o segredo se fez estribilho, o polvilho azedou a merenda, a oferenda era uma carta-bomba, a sombra era o vulto da morte, a sorte chorou a derrota, a rota saiu da rotina, a retina espanou a calota, a marmota perdeu-se no labirinto, o extinto esvaziou o extintor, o impressor danificou o clichê, o saci-pererê quebrou a perna e a baderna eletrônica entrou em curto.

sábado, 2 de agosto de 2008

Clemências

DIVIDENDOS DA DÁDIVA

Devo não nego, renego e aceito, aproveito e aprovisiono, ressono e renovo, reprovo e insisto, resisto e derroto, devoto e consigo, sigo e paro, encaro e passo, traço e apago, salgo e adoço, posso e não peço, avesso e ajeito, suspeito e investigo, desdigo e afirmo, confirmo e desminto, consinto e recuso, acuso e defendo, referendo e ignoro, choro e sorri, perdi e achei, mandei e obedeci, feri e curei, sarei e esbangi, corri e parei, cheguei e curti, comi e me fartei, flertei e fui esnobado, pirado extrapolei, aparei pra não cair, pedi e neguei, furei e fiz reparo, o caro deixei barato, ao fato o desmentido, ao ferido o remédio, ao tédio a determinação, ao coração o consolo, ao dolo o castigo, ao perigo o desvio, ao pavio a faísca, à isca o peixe, ao feixe o barbante, ao talante o prazer, ao poder o limite, ao convite o aceito, ao rejeito o isolamento, ao memento o adágio, ao presságio a tragédia, à comédia o sorriso, ao paraíso o prudente, ao crente a fé, ao pé o chinelo, ao prelo o escrito, ao distrito a querela, à panela o guisado, ao passado as lembranças, à lambança o conserto, ao concerto o aplauso, ao causo o mistério, ao sério o respeito, no peito a medalha, à cangalha o lombo, ao tombo a poeira, à quimera a poesia, à porfia o mediador, ao fervor a água fria, à agonia uma vela acesa, à tristeza uma boa notícia, à malícia a objeção, à vocação o melhor desempenho, ao lenho a escultura, às escuras uma lamparina, na esquina o pecado, ao lado o suspeito, ao preito o reconhecimento, ao momento a resposta, à proposta o exame, ao enxame a colmeia, à platéia a sentença, à ofensa a desculpa, à culpa o perdão. E estamos quites.