quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sem querer

CHEGANÇA

Não ponho minha mão no fogo pela verdade do Lula, a vaidade e a gula, o abade e a mula, a validade da bula, o milagre da cura, a caridade papa, a substância da papa, as evoluções da pipa, a revolução do pop, os juros da poupança, os jarros de flores brancas, os jorros de águas mornas, os giros que a terra dá, os jiraus que dão altura, o sabor da aura pura, o papel da capa dura, a durabilidade da fé, a fé que move montanha, a boa-fé e a patranha, o medo e a façanha, o que bate e o que apanha, alisa e arranha, amolece e assanha, a sanha e a sina, assina em baixo, em cima e embaixo, na tina e no tacho, no facho de luz, no feixe de lenha, na ficha do caixa, na caixa econômica, na economia formal, na forma da forma, no forno apagado, na furna escondida, no esconso tranqüilo, no trapo emendado, na trempe segura, no triplo assegurado, no tropel da tropa, no troféu da copa, da proteção da capa, nas reinações do capeta. Eu creio no que não vejo, leio o que não foi escrito, do feio faço bonito, do bonito faço a cor, desfaço a dor, adormeço. Acordo de acordo com os acordes dos pardais, levanto com o sol levante, na rota traço a rotina, na reta faço os atilhos, na curva os atalhos, no lixo o entulho, na madeira o entalhe, no arquivo o encalhe, na falha o conserto, na sala o concerto, na tese o conceito, nas fezes o exame, nas fases a força, nas faces o vigor, na frase o clamor, no fisco o rigor, no friso o louvor, no fuso o horário, confuso, confesso, este itinerário entre o sair e o chegar. Por onde saio?

Nenhum comentário: