terça-feira, 10 de julho de 2007

Fala Sergio Cruz

A REFORMA DISPENSÁVEL

A Câmara dos Deputados está tentando votar a reforma eleitoral. Empacou no casuísmo das cúpulas partidárias, que tentam impor medidas imediatistas de acomodação pessoal. A lista fechada foi a primeira excrescência descartada pela maioria. A fidelidade partidária está sendo maquiada para encaixar a infidelidade, na tolerância de um ano para o detentor de mandato eletivo migrar de legenda. O voto distrital já está sendo mesclado com o distrital misto e o PMDB chegou ao desplante de propor voto majoritário para deputados e vereadores. O fato é que o Brasil não precisa de reforma eleitoral. Nosso sistema de eleição proporcional é modelar, porque democratiza a participação popular. Nossas leis de repressão à influência do poder econômico nas eleições são suficientes para punir os infratores. A legislação precisa e pode ser aperfeiçoada com a queda do voto obrigatório e a supressão do horário eleitoral gratuito. Quanto à compra de votos esta só deixará de haver quando não mais houver quem o venda. O resto é sessão extraordinária para render jeton.

CABEÇA
A cabeça do secretário de Segurança Wantuir Jacini está prestes a ser entregue numa bandeja à base política do governo na Assembléia Legislativa. A pressão em cima do jogo-do-bicho seria a razão de sua eventual queda. Há quem garanta que a senha da degola poderá ser uma esperada manifestação de apoio do governador André Puccinelli.

NOVIÇO REBELDE
O governador André Puccinelli referiu-se ao deputado Dagoberto Nogueira como noviço rebelde, no discurso durante recente econtro do PDT em Campo Grande. André referia-se à insistência do parlamentar em ser candidato a prefeito, contrariando a disposição da cúpula trabalhista que pretende mesmo é apoiar a reeleição de Nelsinho Trad.

AGÊNCIAS
Donos de agências garantem que não lavaram dinheiro da comunicação do governo Zeca do PT. A maioria desconhece os ralos do oscarduto e abrem suas contas para o Ministério Público conferir. Alguns recebem as denúncias com uma certa estupefação, pois reclamam que deixaram de receber uma pequena fortuna de serviços prestados. A conferir.

NA ORELHA
Maria Quitéria da direção nacional do PDT puxou em público a orelha do vereador Paulo Pedra por seu discurso no reingresso no partido. Pedra jurou submissão aos líderes partidários. Quitéria disse alto e bom som que trabalhista que se preza conquista seus espaços sem submeter-se.

2 comentários:

Montezuma disse...

Concordo com o aperfeiçoamento da lei, Sérgio. Também acredito que o horário eleitoral tenha grandes momentos de farsa. Suprimi-lo é problemático na atual legislatura, vide exemplos do que fazem no Conselho de Ética da Câmara. Quanto à venda de votos, concordo plenamente contigo. Saúde, mano!

Montezuma disse...
Este comentário foi removido pelo autor.