terça-feira, 18 de agosto de 2009

Meu encontro (não agendado) com o Papa Bento XVI

Eu tive um encontro com o Papa João Paulo II, no Vaticano. Não me lembro o ano, nem o mês. E se não me lembro nem o ano nem o mês, certamente, não vou me lembrar também o dia. Bem, mas comecemos pelo princípio. Estava eu terminando meu programa na tv, quando o Grilo me avisou que estava na antessala, o dom Vitório Pavanello. Mui cordial e solenemente o bispo de Campo Grande me comunicou que o Papa gostaria de marcar uma audiência comigo. Achei estranho, mas fiquei muito emocionado. No dia seguinte estava eu e o Juca Ganso embarcando na rodoviária de Campo Grande com destino a Roma. O Juca ficou no Anhanduí. Eu segui até o Vaticano. Entrei pela garagem privada do Sumo Pontífice, no carro da empresa, dirigido pelo motorista de plantão. Parei na mesinha da entrada, onde as pessoas são identificadas, passei pelo detector de mentiras, tomei o elevador que me levou ao quarto andar. Lá a secretária da Papa me recebeu e encaminhou-me a uma pequena sala onde já se encontravam duas pessoas. Fui imediatamente introduzido no gabinete papal. Não cheguei a me sentar, nem lembro se havia cadeira para visitas. O que será que o Papa quer comigo? Comecei a elucubrar sobre tudo aquilo, quando Bento XVI entrou de calça jeans e uma jaqueta surrada. Sua Santidade foi cirúrgico e me pediu alguma coisa em latim. Fingi que entendi, voltei, não dei retorno porque achei o seu pedido totalmente descabido. O Vaticano também nunca me cobrou uma resposta. Este encontro não consta de nenhuma agenda. Ele nega de mãos juntas que tenha estado comigo e me pede para provar. Aceito acareação perante os senadores porque não preciso de agenda para falar a verdade.

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