domingo, 16 de dezembro de 2007

Olá

ENTRE NÓS OS TRENÓS

No mundo da lua, na rua da amargura, no rio de lágrimas, o raio de luz, às raias do tempo, nos arreios das bestas, o vareio dos bestas, a besteira dos néscios, a necessidade dos fortes, a força dos frágeis, a fragilidade dos valentes, a valentia dos poltrões, a serventia dos portões, a mensagem dos cartões, a massagem nos tendões, a mixagem nas edições, as adições inexatas, as audições inaudíveis, as condições proibitivas, as proibições idiotas, a pura idiotice, a idolatria fundamentalista, os fundamentos da lei, o fendamento da rocha, o rendimento do racha, o excremento da rixa, o sombreamento do roxo, os rouxinóis trovadores, os urinóis vazadores, as vazantes represadas, a repressão reptada, a repreensão incompreendida, a compreensão tardia, a compressão vazia, o cumprimento do dever, o devedor contumaz, a trégua e a paz. A diferença entre o ser humano e o animal é que este é racional. Na dúvida não ultrapasse, no repasse passe a vez, na sua vez espere ficar de vez, de vez em quando dê nojo, de novo, de velho, devolva, desove, dissolva, recue, recuse, não seja ser humano, desumanize sua razão, racione a dor da consciência, conscientize com paciência, apascente sem excluir, inclua sem escusar, escute sem fastio, afaste-se do cálice, encalice sem manchar, desmanche sem implodir, desmame sem sentir, desmande sem embaraço, sem baraço e sem cutelo, no braço e no cotovelo, no novelo e na novela, na vela e na caravela, na cara velha enrugada, no rio e no rego d'água, na mágoa e no perdão, na perda e no encontro, no desencontro casual, no desencanto causal, no recontro letal, na noite quente de Natal. Parabéns pelo seu 2007º aniversário.

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