sábado, 7 de novembro de 2009

Edital de Concurso

SAIU O EDITAL DE CONCURSO PARA HOMEM BOMBA

Nada como um dia atrás do outro, uma avó atrás do toco, um avaro atrás do troco, um dia sem sufoco, um soco sem revide, um cabide de emprego, uma tarde de sossego, um pelego pra pisar, um pesar para posar, um pouso pra descansar, uma viagem pra voltar, uma volta pelo mundo, um mundo para negar, uma negaça para aprender, uma prisão para escapar. Recebemos dez do Rio e mandamos onze para Catanduvas. Estamos com o saldo negativo de um facínora, o que é muito pouco para quem não tem nada a ver com a violência carioca, nem com a virulência do Caetano, as propensões do Ciro Gomes, as pretensões do Zelaya, as condecorações do Lula, as eleições do Afeganistão e a visita do tiraninho do Irã. Não tenho nada contra a visita do Mahmoud, mas, por via das dúvidas, não seria exagero revistá-lo no desembarque. Nunca se sabe o homem bomba que pode estar escondido atrás daquele sorrisinho cínico, que seria cômico se não fosse trágico. Seria mágico, não fosse fóssil, fácil não fosse fétido, cético não fosse por Maomé. Maomé não vai à montanha, Ahmadinejad vem ao Brasil. Agora só falta a gente receber o baixinho catastrófico da Coréia do Norte e seus artefatos inflamáveis. Não sei onde estava quando nasci neste planeta. Da próxima vez quero nascer em Garanhuns ou em Pindamonhangada, até mesmo em Piraputanga. Seria bom se a gente pudesse escolher o lugar para nascer, a rua onde mudar, a casa onde morar e a hora de morrer. Outras coisas seriam ruins, regulares, boas e ótimas independentes das pesquisas. Você já foi abordado por um pesquisador? Nem por isso a pesquisa deixa de acertar. Pode desistir. Nada é capaz de derrotar seu índice de rejeição.

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