segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Manual de cultura inútil

FÉ DE MENOS

Minha fé não move montanha, a montagem não imita o original, as origens não são ilustres, os lustres estão apagados, o apagão não está descartado, o descarte foi errado, a errata estava certa, a certilha estava desarmada, a alma não está lavada, lavrada a terra não esperou a chuva, a chave não abriu a fechadura, a fechada não impediu a fuga, o fugaz não venceu a prova, o provedor derrubou o sistema, o sistêmico está incoerente, o incoercível espanou, o espanador não limpa a vergonha, a vergadura não cria a filigrana, o filiado não faz a militância, a militarização não faz a guerra, a guelra não respira fundo, os fundilhos estão rasgados, os rasgos amofinados, os amotinados se renderam, as rendas estão negativas, os negativos estão queimados, o queimão não é picante, o pecante não tem perdão, o perdedor não tem medalha, o medalhão perdeu o poder, o poderio desmoronou, a desmoralização atingiu o auge, a algibeira está vazia, a vasilha está fervendo, o fervelho estacionou, a estação está fechada, a fachada está pichada, a peixada estava crua, a crueldade não assusta, o assunto já não soma, o sumiço não faz falta, o falto está provido, a providência chegou tarde, a tarde matou o sol, o só continua desacompanhado, o desaconselhado está em prática, a prática é mera teoria, o teor é nada mais que o vazio, o vaso não tem planta, a planta não deu casa, o caso está mal contado, o conto não computa, o compacto não compactua, o compadre não se compadece, o comparado não comparece, o comparte não reparte, o repertório não repercute, o repentista não repete, a repescagem deixou fora, o forasteiro deu o fora.

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