sábado, 3 de maio de 2008

Absorvências

ABSORVIDO ABSOLVIDO

Nada é descartável, o inflável é deprimido, o ruído é abafado, o calado é ouvido, o ouvido é mouco, o pouco é bastante, o instante é o momento, o tormento é tolerável, o instável é sólido, o bólido está imóvel, o móvel é inservível, o ser vivo é cataplético, o cético é crente, o demente está lúcido, o plácido se agita, regurgita o esfaimado, o domado não obedece, a prece não faz milagre, o bagre não ferroa, a garoa é quente, a frente é fria, a via é vã, a van voa, a loa elege, o bege brilha, a trilha atalha, a falha é perfeita, a receita é falha, a malha é quadrada, a fada é falsa, a calça é frouxa, a tocha apaga, a carga é leve, o breve dura, a cura mata, a mata assombra, a sombra aclara, a cara espanta, a santa peca, a meca dispersa, a conversa destoa, a broa alimenta, a menta não arde, o alarde não soa, ecoa a mudez, a nudez veste, a peste é benigna, maligna é a saúde, o ataúde é um berço, o terço é uma missa, a cortiça não veda, a queda não quebra, não medra o covarde, o tarde é cedo, o medo encoraja, a tarja não marca, a faca não corta, a porta não abre, o sabre não perfura, a candura não é pura, a doçura é adstringente, o inocente paga, a saga é cega, a regra não altera, a fera nem sempre ataca, a vaca não dá leite, o azeite não tempera, a tapera tem carpete, o topete às vezes baixa, a caixa está vazia, a mania não pega, o colega dedura, a estrutura cede, a sede sacia, a alegria entristece, a messe não abunda, a bunda não mais fascina, a sina não sinaliza, a camisa não veste, a peste não contamina, a propina é recusada, a acusada confessa, a peça não espana, a cana é azeda, a seda é abrasiva, a saliva não umedece, emudece a voz da razão, a canção não embala, a fala não convence, o nonsense não é grotesco, o pitoresco não se pinta, a tinta está deixando de escrever.

Nenhum comentário: