TUMBA RETUMBANTE
Os mortos vivem, os vivos morrem, os ativos não correm, os nativos concorrem, os concorrentes perdem, os perdedores perdoam, os perdoados reincidem, os reincidentes resistem, a resistência se rende, a redenção não salva, o salvador não tem pressa, apressado come cru, a crueldade é inevitável, a saudade é salutar, a saúde é dispensável, a despensa está vazia, o vasilhame está repleto, o replay é mais completo, o complemento é importuno, o infortúnio é inerente, o inerme é defensável, o defensivo é inofensivo, o ofensivo é perdoável, o perdurável é prematuro, o pragmático é visionário, a visionice é existente, a existência é aterna, a eternidade é finita, o infinito é retraído, o retrato é retocado, o retoque não esconde, o escondido é descoberto, a descoberta é um plágio, o acobertado está exposto, a exposição dissimula, a súmula não assimila, a assimetria assemelha, as semelhanças não são mera coincidência, a coindicação é simples ingerência, a ingestão é pura gulodice, as guloseimas não engordam, o engodo não belisca, o obelisco não simboliza, a simbiose não procria, a procastinação não atrasa, o atraso é atração, a traição é natural, a natureza é cinza, o cinzel não esculpe, a culpa não penaliza, as penas sequer abanam, o abono mal gratifica, a gratidão é fictícia, o ficto é probatório, a probidade é lenda, a lêndea é inaderente, o inadequável incorpora, o incorpóreo é palpável, o palpitante é insípido, o insipiente é um sábio, o sabe-tudo ignora, a ignomínia não ofende, à oferenda suspeite, o suspense não agita, a agitação não conflita, a confluência não converge, a conversão não salva, a salva não engorda, o engonço enguiça, o esguicho não tem liquido e a liquidação está liquidada.
sábado, 1 de março de 2008
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