quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Contingências

FLOREANDO A FLORAÇÃO

Tudo são flores, as dores de dente, os odores do suor, os horrores da guerra, os terríveis tremores de terra, os honoráveis doutores, os agitados e os serenos, o sereno e a tempestade, o tempestivo e o imprevisto, a imprevidência e a provisão, a precisão e o improviso, o ímprobo e o íntegro, o integral e o beneficiado, o benefício e o prejuízo, o prejulgado e o injusto, o justo e o folgado, a folga e a segunda-feira, a fera e o domador, o remo e o remador, o ritmo e o tocador, a tocaia e a caça, as calças e a cueca, a cuíca e o ronco, o rancor e a remissão, a rendição e o êxito, o êxodo e a fixação, o fixo e o móvel, o novel e o senil, o seno e o co-seno, o conceito e a formulação, a fórmula e o resultado, o resumo e os detalhes, o detectável e o oculto, o curto e o longo, o lânguido e o vivaz, o vigarista e o otário, o oitão e o terreiro, o terreno e o pé que o pisa, o pisado e o pesado, o pesadelo e o sonho, o sonido e o silencioso, o licencioso e o recatado, o recavado e o plano, o pleno e a turma, a turmalina e o brilho, o trilho e o trem, o trema e a vogal, o vocal e o metal, a meta e a conquista, o quisto e a secreção, o seqüestro e o refém, o recém-chegado e o mau-acostumado, o costume e a lei, o layout e a arte, a artimanha e a probidade, a probabilidade e a convicção, o convício e o perdão, a perda e o lucro, o lacre e a carta, a casta e o devasso, o devoto e o ateu, à toa e ocupado, culpado e inocente, cuspido e escarrado, comprimido e dilatado, dilapidado e restaurado, resguardar e jogar fora, aforar e impedir, pedir e negar, negacear e fugir, fingir e acreditar, creditar e debitar, debilitar e fortalecer. Como se vê, nem tudo são flores.

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