sábado, 31 de julho de 2010

Invertendo os valores

A mulher amanheceu acorrentada na grade de uma repartição pública no Aero Rancho. Quem assistiu a cena na última segunda-feira, não entendeu até que chegou ao local o primeiro repórter, acionado por um curioso. Ela acorrentou-se, passou o cadeado e escondeu a chave para chamar a atenção das autoridades e do povo em geral para o seu dramático problema familiar. Seu filho, um adolescente de 17 anos é o pivô de sua crise existencial. Mãe ocupada com a educação religiosa da família, busca com a atitude extrema e humilhante exposição da própria imagem, não alertar para o perigo dos descaminhos da modernidade, num mundo fragilizado pela ação devastadora das drogas, pela banalização da instituição familiar, onde pais e filhos disputam a hegemonia da discórdia, nem pelo descontrolado aumento da prostituição, cujas garras alcançam impiedosamente até crianças, pela pedofilia que, de forma avassaladora invade os lares pobres e abastados, como uma das sete pragas do Egito e, muito menos pela ausência de Deus, cada vez mais presente e mais sentida, no coração das pessoas, que se atiram com intensidade no imediatismo de soluções facilitadas pela artimanha do ódio, da inveja e do desrespeito à religião cristã. Esta pobre mãe de família quer apenas convencer o seu filho a desistir de ser crente.

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