domingo, 12 de julho de 2009

MANUSCRIPTO

O pessoal que por conta da operação Owari foi parar no Harry Amorim Costa, só não teve noites muito monótonas na segurança mínima, porque tinha entre eles, um cantor, o Carlinhos, vice-prefeito de Dourados. O Tetila ficou sem o seu seresteiro preferido, mas pra não morrer de saudade, mandou o seu filho primogênito para lhe fazer companhia. Até tu, Tetila? A oposição intrigante diz que o Tetila assimilou o norrau do João Grandão, correligionário da operação sanguessuga. Um chupa o sangue e o outro enterra o cadáver. O Sizuo Uemura não é flor que se cheire. Quem cheira sabe. Os chineses estão chegando. O que será que eles estão cheirando aqui? A imprensa é a grande responsável por tudo isso que está acontecendo neste vasto cenário de culpas. Os vereadores atribuem aos jornais o estrago na reputação da Câmara Municipal. Os senadores culpam a imprensa pelas prensas ao Sarney. Afinal, o Sarney foi candidato de quem à presidência do Senado? A senadora Marisa Serrano teria votado no Tião Viana? Em quem votou Arthur Virgílio e o sempre irritante Agripino Maia? O voto é secreto mas não foi segredo. A campanha da OAB está pegando fogo. Por que será que gastam tanto dinheiro para cargos não remunerados? Ainda se fosse para presidente de bairro que tem passe livre no ônibus ou diretor da Santa Casa que tem direito a 15 mil (doáveis à própria entidade) vá lá...ou mesmo conselheiro do TCE, um cargo assoberbado, mas vitalício, compensava toda esta adesivagem e muito mais. Bom mesmo é ser tabelião. Programão pro final de semana: Ribeiro na 101 e Wanderley Cabeludo antes do Gugu. Aliás, o Sílvio Santos bem que poderia contratar o Raul Freixes para reserva do Lombardi. O quente é o twitter. O planeta está tuitando. Os senadores, os deputados, os prefeitos e todos que não têm muito o que fazer aderiram ao twitter. O twitter é o twist do messenger. Lembra do twist? O MJ não está entendendo nada. Eu vou me aconselhar com o Pedro Chaves.

Meu diploma de jornalista

Eu aprendi jornalismo nas redações e nos estúdios. No meu tempo não havia escola superior em Campo Grande e a faculdade de jornalismo mais próxima de Mato Grosso era a da Fundação Casper Líbero, em São Paulo. Dá pra ver que sou do tempo do onça. A regularização profissional viria alguns anos depois. Nem por isso sou contra o diploma, sobretudo quando este significa habilitação teórica para o bom desempenho da profissão. Somente acho que o terceiro grau não deveria
ser condição mínima e sim capacitação máxima. Aliás, o canudo poderia ser dispensável para todas as profissões na área de ciências humanas. Para que serve o diploma de advogado, se ele não consegue passar no exame da Ordem? No meu entender, a exigência ou não do curso superior deveria ficar por conta de quem vai contratar, até porque empresa séria e que paga bem, jamais contrataria um jornalista ou um contador, sem diploma.

Muita fumaça, pouco fogo

A Operação Owari da Polícia Federal, realizada no início desta semana na Grande Dourados, terminou se transformando no fato político da semana, com a prisão de Sizuo Uemura, empresário multimídia da região e de dezenas de empresários e políticos, pretensamente ligados a um esquema de corrupção na área de saúde. Entre os que tiveram o sono interrompido pelos agentes está o dentista João Paulo Esteves, ex-secretário de Saude do governo Zeca e do prefeito Laerte Tetila, de Dourados, vários vice-prefeitos, presidentes de câmaras, vereadores e assessores do prefeito Ari Artuzi. Na quinta-feira restavm atrás das grades apenas o velho Uemura e seus dois filhos, que teem preventiva decretada. Os demais foram beneficiados com habeas-corpos, concedidos pelo desembargador Claudionor Abss Duarte. Estas operações espalhafatosas terminam atendendo interesses políticos, à medida que, em busca de provas, a Polícia Federal, inevitavelmente, resvala para a injustiça de expor pessoas que mais tarde provam inocência. Todo o constrangimento poderia ter sido evitado e economizado o dinheiro da mobilização ostensiva, se ao invés do estardalhaço, as suspeitas fossem normalmente intimadas a depor. A pirotecnia acaba prevenindo o bandido mais esperto.

Serra erra

O governador André Puccinelli prometeu chamar de burro a qualquer um que, a partir de agora trocar o Mato Grosso pelo Mato Grosso do Sul. É que mesmo com o habitual DO SUUUUUUUUUUL, cada vez aumenta mais a incidência de pessoas trocando as bolas. A tendência é crescer à medida que Cuiabá começar a aparecer na mídia como sede da Copa 2014 e Mato Grosso a impor-se como maior potência econômica do Centro-Oeste. Na última sexta-feira o governador José Serra, de São Paulo escapou por pouco da ira de seu colega. O líder tucano inocentemente e sem nenhuma maldade aparente, ao cumprimentar os deputados federais de Mato Grosso do Sul trocou-lhes o domicílio, mudando-os para Mato Grosso. Não foi corrigido porque a maioria não se tocou para a sub-reptícia ausência do sobrenome DO SUL e o governador André Puccinelli estava ausente por ocasião de seu discurso na Assembléia Legislativa. A outra confusão ficou por conta do Ministério da Saúde que inverteu o número de casos de pessoas sob suspeita de contaminação da gripe suína. O ministério chegou a publicar uma errata explicando. No passado, o Ministério da Fazenda chegou a bloquear repasses a Mato Grosso do Sul por pendências do Estado de Mato Grosso. Estas coisas estão acontecendo todo dia.

Nova lei, velhas regras

Salvo a liberação da internet para propaganda eleitoral, praticamente nada mudou na reforma à lei eleitoral da Câmara dos Deputados. O showmício continua proibido, camisetas e bonés nem pensar, outdoor também não pode, publicidade em lugares frequentados pelo público (repartições e lojas comerciais) também vedada. Continua a figura do candidato secreto, cuja aproximação e contato direto com o eleitor pode ser um risco à sua eleição, à medida que coloca-o, fatalmente, como potencial comprador de votos. Outra meia medida é a exigência do eleitor, na hora de votar, juntar ao título a carteira de identidade. Por que não a fotografia no título, como antigamente? O Congresso continua devendo uma reforma profunda e democrática à legislação eleitoral, permitindo que os candidatos façam campanha em paz e o eleitor conheça seu candidato inteiramente, sem os bloqueios e a explícita repressão legal e a circunscrição ao abjeto horário eleitoral gratuito, excrescência da ditadura.

TWITTER

O GOVERNADOR ANDRÉ Puccinelli desenvolveu verdadeiro corpo-a-corpo esta semana. Chegou a dar duas entrevistas exclusivas no mesmo dia. Um bom treino para 2010. EDIL ALBUQUERQUE o vice, depois de ensaiar alguns passos para 2010, anda mais calado que passarinho na muda. Continua torcendo pela candidatura do Nelsinho para o Senado. O VEREADOR CARLÃO está se celebrizando pela crueldade de seu vocabulário. Em tom de brincadeira alguns colegas comentam que ao cabo de cada aparte, seus cotovelos ficam rouco. A TV BRASIL PANTANAL continua nos projetos do Governo do Estado. Está com nova direção, tem ensaiado uma programação própria...agora, só falta entrar no ar. O NONINHO DA TV MS (rede Record) empolgado com o retorno do investimento em jornalismo. O seu canal, aos poucos, vai acessando a área do profissionalismo. A MAIOR PRESSÃO contra a lei de aposentadoria dos vereadores partiu do presidente da OAB/MS, Fábio Trad, mas foi muito mais fácil culpar a imprensa. O PREFEITO ARI ARTUZI pode se complicar se ficar provado que sua campanha irrigada por grana do grupo Uemura, conhecido há muito tempo por sua ação criminosa. A OPERAÇÃO OWARI deveria ser operação Papa-Defuntos. Envolve funerárias e está longe do ponto final.

Um comentário:

Farias disse...

Caro amigo ñ adianta mudar o nome do Estado, qdo oq deve ser mudado é consciência das pessoas...pois já é sabído q é uma velha batalha, o individualismoo do povo sul-matogrossense, as vastas tentativas de se fazer ser enxergado,e do outro lado o descaso de nossos governantes emñ nos querer enxergar......