sábado, 18 de abril de 2009

Redemoinho roda moinho

A roda gira o mundo, a moda dá volta ao mundo, a soda calcina o ferro, a sonda espiona marte, a arte cultiva o belo, a parte amarga é a mais farta, o descarte é reciclável, o estandarte é a própria glória, a história é o que se escreve, a memória é o que se lembra, a vitória o que se perde, a escória o que não se quer, a colher que serve o alimento, a mulher que gera o homem, o boné que esconde o rosto, o filé que dá pra poucos, os porcos que comem o milho, os tocos que florescem, os rotos e os mal lavados, os louvados por engano, os enganados por prazer, os atrasados por querer, os querelados por dever, o dever e o direito, o perder e o ganhar, o ferver e o esfriar, consolar e não ser consolado, controlado e controverso, contravolta e seguimento, segmento e por inteiro, estrangeiro e aborígene, original e fotocópia, cornucópia e bagatela, taramela e fechadura, ferradura e cravo, o crivo e o cascalho, a casca e a resina, a resignação e a voluntarismo, a volupia e a impotência, a importância e o irrisório, o irritante e o agradável, o inefável e o trivial, o acidental e o premeditado, o predicado e o sujeito, o sujeitado e o insubmisso, o compromisso e o livre arbítrio, o árbitro e os rivais, os pais e a patria, o paria e o pareo, a parelha e o aparelho, a aparência e o engano, o enganido e o agasalhado, o agastado e o tranquilo, o trancucho e o borracho, a borracha e o pneu, o pigmeu e o gelo, o zelo e a duração, a douração e a aparencia, o apadrinhado e o pagão, o apagão e a luz, a cruz e o sinal, o ramal e o tronco, o bronco e o fino, o rabino e o pastor, o remador e o barco, o charco e o espinhaço, o abraço e a punhalada, a escada e a altura, a censura e a notícia, a polícia e o delinqüente, o insolente, o vulgar e o mais profundo. Tem lugar pra todo mundo.

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