sábado, 29 de novembro de 2008

Concorrentes sem correntes

O homem livre está preso às convenções, convencem as conversações menos convertíveis, a convexidade não convém ao côncavo, a concatenação não contêm a contento, a contestação contem o contexto, o contérmino contamina o contendor, o conterrâneo compartilha a companhia, o compassivo compatibiliza a compaixão, o compadrio compagina a cumplicidade, a complexidade complica o complô, o comportável conforta a composição, o composto comporta o comparativo, o comprativo comparte o compêndio, a compenetração compreende o consciente, o conscrito circunscreve a circunferência, o circunspecto circunflui o circunlóquio, a circunfusa difunde o bioma, o biométrico bina o biótipo, o biodegradável sequestra o carbono, o carboidrato requesta o colesterol, o colete defenestra o projétil, o projeto não prevê o improvável, impróvido não provê o impávido, o impassivo não passa despercebido, o desperdício desperta o passivo, o passional é passível de passe, o passante é visível, o passado é possível, o pesado é temível, o pisado é sofrível, o posado é risível, o pausado é inteligível, o prosaico é cabível, a cabine é cabal, o canal é comprido, o cumprido é legal, o comprado tem preço, o compadre tem apreço, sem padre tem terço, com tercios não há disputa, com terçol não há visão, o terciário é o primeiro, o terção dá melhor muda, a moda imanta o modo, a mídia mitifica o medo, o mudo mitiga a dor, o miúdo cresce no andor, o andador pisa no passo, peço pra me retirar. Vou assistir a posse do kinta kintê no reino da casa branca.

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