terça-feira, 3 de junho de 2008

Acontecencias

DESTROÇANDO DESTROÇOS

Tudo se transforma, a norma é alterada, a parada não se interrompe, o horizonte chega ao fim, o serafim não é anjo, o banjo não percute, o chute não acerta, a certa é a culpada, a escapada não retorna, a madorna não descansa, a trança se desfaz, o cais deixa o porto, o horto perde a cor, a flor murcha e cai, o pai deserda o filho, o atilho não amarra, na marra não se consegue, o que segue não alcança, a dança descompassa, o comparsa dedo-dura, a cura não sara a dor, o rumor não se reproduz, a luz está apagada, a caçada perdeu a presa, a mesa está sem pratos, os gatos não são pardos, o caldo não mata a fome, nome não paga conta, monta não é total, moral nem sempre é ético, profético não pressagia, carestia não inflaciona, lona descobre a carga, praga protege a roça, fossa é despoluente, poente se mudou pro leste, veste não faz status, retrato só retocado, passado não traz futuro, furo não é novidade, densidade não é funda, funda não atira, na tira se impõe respeito, conceito não quebra ponta, afronta não mete medo, degredo é excursão, caução não garante o crédito, mérito desmerece, padece quem menos sofre, cofre corrói fortuna, lacuna não esvazia, mania tira pedaço, fracasso é volta por cima, clima quente não derrete, frete barato também entrega, regra é pra não ser seguida, a ferida cicatriza, a ojeriza passa, a massa é manipulável, implacável é a Natureza, certeza só mesmo a morte, norte é só direção, pretensão não dá lucro, o chucro é sempre domável, o palatável não sacia, vigia dorme no ponto, ponto de bolha não ferve, serve de apoio a palavra, salva a alma quem reza, preza o corpo quem o protege, submerge quem não nada, nada é infalível, preferível a paz da pobreza salutar. Esquife não tem gavetas.

Nenhum comentário: